domingo, 30 de agosto de 2009

Domingos Monótonos

Domingo é dia de não se fazer nada. Ou de curar a ressaca. Daí, enquanto eu procurava anúncios dos anos 50 na internet pra me distrair, achei um comercial muito interessante de uma marca de aparelhos de audio e video.


Legal, né?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Nomes

Tem gente que tem diversas manias e gostos bizarros. Acho que é normal dessas coisas acontecerem no mundo, e quem tem juízo tenta controlar ou esconder suas manias. Quem não tem, posta no blog.
Eu posso dizer que tenho várias manias, e uma delas é repetir nomes e/ou sobrenomes interessantes, ou que pelo menos eu acho interessantes. Não sei explicar o que é, mas tem algo no jeito como esses nomes são pronunciados, no som que eles produzem, que me atrai de uma maneira estranha.

Por exemplo, uma jornalista americana que participava do painel do programa What's My Line? nos anos 50, chamada Dorothy Kilgallen. Adoro a forma como o John Daly (nome legal, mas menos interessante) a chamava quando era a vez dela perguntar no jogo do "mystery guest": "Miss Kilgallen!". E ela, vendada, perguntava o que lhe vinha a cabeça. Claro que a forma como Mr. Daly pronunciava, transformava todo o contexto do nome. Existe então, uma manha, um sotaque na hora de articular que confere um impacto maior.
O mais legal também, é que nesses casos, o nome combina muito com o sobrenome. Dorothy totalmente combina com o Kilgallen. E isso faz a mágica do nome acontecer, e eu ter vontade de ficar repetindo aleatoriamente.

Outro nome é o da família dos Ananda, da novela das 8, que começa as 9. Eu gosto de nomes indianos porque eles tem uma sonoridade fantástica. No caso dessa família, eu não gosto de todos os nomes, tipo, Amithab? Ugh. Entretanto, não me canso de repetir Opash Ananda e Raj Ananda, quando tenho a oportunidade. Não dá pra evitar.

Também gosto de dizer apelidos ao invés dos nomes das pessoas. Ou os nomes ao invés dos apelidos. Tipo, Sonny Bono. O nome dele mesmo era Salvatore Bonno. Que é muito mais legal de pronunciar. Ou Jimmy Stewart, que combina muito mais e é muito mais fófis do que dizer James Stewart.

Em alguns casos, o apelido e o nome são legais, e daí você tem que se revezar pra pronunciar. Tipo Desi Arnaz, que é o apelido/nome artístico para Desiderio Alberto Arnaz y de Acha III.
E isso acaba de me lembrar de uma conversa que tive com minha amiga Thaïs a respeito de nomes latinos que gostaríamos de ter.
Sempre achei fantástico esses sobrenomes latinos de impacto. Veja o Desi mesmo com esse Arnaz y de Acha III. Isso é másculo barbaridade. Ou então De La Vega, que não só lembra o Zorro (afinal, quem não lembra que o nome dele era Don Diego de La Vega?), mas também lembra Maria do Bairro, né. Com a família de La Vega, coisaetal.

E falando em novelas mexicanas, já que o papo enveredou por esse caminho, tenho que mencionar Octavio de Villareal e o Esteban San Román. Que, a título de curiosidade, são interpretados pelo mesmo ator em novelas distintas. E porque não dizer que esse ator é muito, mas muito interessante. =)
Eu teria diversos nomes a acrescentar nessa lista, como Douglas Maldonado, Luciana Duval e o sobrenome Mendizábal. Mas apenas terminarei essa lista de nomes, dizendo que se eu pudesse ter outro nome, queria ser María Guadalupe.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

"ai, que saudade do rio grande!"

cara, sério, não quero puxar brasa pra minha terra, mas é impossível não fazê-lo. hoje foi o primeiro dia em que saí mesmo aqui em Porto Alegre, fui ao médico e fiz exames, e bá. galera é simpática e pronto. galera conversa quando você faz um comentário. você entra em um lugar quentinho, saindo do frio da rua, comenta isso e a pessoa não te ignora completamente. ela desenvolve uma conversa de 10 minutos sobre o clima que termina numa frase filosófica sobre a vida e a existência. eu estava tão desacostumada com isso, que acho que meu olho ficou arregalado quando alguém devolveu o 'bom dia'. não dá pra acreditar na boa vontade, na simpatia e na gentileza das pessoas, mesmo num frio cortante e abaixo de uma chuva fina e chata. enfim, me emociono. a minha terrinha é massa.
e agora, to deitadinha debaixo da coberta, vendo o tatata pimentel na tvcom, comendo mocotó no camarote vip do show do roberto carlos no gigantinho. hahahahaha. adoro. e esse sotaque lindo, hein? vontade de pegar todos os meus gauchinhos no colo e apertá-los bem muito.

isso me faz lembrar uma piadinha infame:
estava um gaúcho tomando um chimarrão em são paulo (ou qualquer outro estado) quando a água da térmica terminou. ele foi até um armazém/padaria próxima e pediu que fervessem um litro de água. o atendente ferveu a água e trouxe para o gaúcho, que provou e disse:
- nossa, mas isso está gelado! tem que ferver a água!
lá foi o atendente, deixou a água o mais quente que podia e trouxe novamente. o gaúcho provou novamente e logo depois disse:
- mas bá, tem que esquentar mais essa água, tchê! tá muitoooo fria!
o atendente, que já estava sem paciência pensou "mas agora esse gaúcho me paga!" e esquentou ainda mais a água e trouxe borbulhando de tão quente, dentro da térmica.
o gaúcho provou, ficou vermelho e respirou fundo. o atendente sorriu e pensou "agora sim, esse gaúcho viu o que é bom!".
e o gaúcho olhou para o horizonte, com uma lágrima escorrendo pelo rosto e disse: "ai, que saudade do rio grande!".

tá, teve graça quando me contaram

sábado, 15 de agosto de 2009

A saga interestadual

Existe uma verdade universal sobre a minha família: situações bizarras sempre acontecem. Viagens e rodoviárias são um dos locais mais propícios para essas situações se desenvolverem e tomarem proporções gigantescamente toscas.
Ontem foi um desses dias, assim, desse jeito. 23:30 teoricamente eu embarcaria para Porto Alegre. Cheguei na rodô de Balneário meia hora antes para retirar a passagem que já tinha comprado previamente. O carinha do guichê olha pra mim com a cara mais tranquila do universo e diz que o onibus atrasou em São Paulo e que vai chegar "lá pela 1:30 da manhã ou 2 horas". Ahã. Cool. Legal. Massa.
Nessas alturas, eu já dopada por 60 gotas de Dramin B6, sentei com minha mãe e 3 malas pesadas para esperar. Acho que 20 minutos depois eu já estava rindo e falando fofo de tanto sono. Minha mãe começou a relembrar casos bizarros de rodoviárias e eu chorei de rir ouvindo a história dela em um táxi perseguindo o onibus na ponte do Guaíba no meio de uma chuva torrencial enquanto ouviam-se gritos de "moço, moço!". Adoro histórias quando as pessoas gritam "moço!".
Depois de idas e vindas pelos corredores da rodoviária, tentando esticar as pernas e dar uma espairecida, ganhamos o "kit lanchinho" do funcionário da Itapemirim que etiqueta nossas malas porque não tem nada mais de bom pra fazer.
1 hora da manhã. O onibus chega. Quando eu achei que tudo ia ser lindo, apesar dos pesares, o motorista abre os bagageiros e... tá tudo lotado. Não entrava nem uma vírgula mais.
Confusão geral na rodoviária. Galera que vai embarcar já quer tacar fogo no ônibus. O pobre do motorista resolve por as malas nos bancos vazios. O fundo do onibus fica de mala até o teto. Vou me deitar porque estou podre de cansada.
Minha mãe deita, abre o saquinho do cobertor e cinco minutos depois ela dorme, pobre bicho. Eu, sem querer me dar por vencida, resolvo ouvir música. Descubro que um dos meus fones não funciona. Depois de uma crise de raiva resolvo dormir.
A viagem é tranquila e eu acordo cada vez que um braço fica dormente pra trocar de lado. Minha mãe, toda uma princesa, se encosta em mim e empresta o braço pra eu fazer de travesseiro. Uma santa.
5:59 acordo com os gritos do motorista pra avisar que haverá uma parada de 20 minutos pra lanche. Capengando, saímos do onibus. Levo um susto ao me olhar num espelho gigante que tem na entrada do banheiro. Cabelo revirado e cara amassada. Concluo que a pessoa que teve a idéia de por um espelho daquele tamanho odeia mulheres.
A viagem continua. Acordo em horário indeterminado e vejo o sol nascer no campo. Coisa mais linda a planície recoberta pela geada. Já percebo na hora que cheguei ao meu amado Rio Grande.
Volto a dormir. Acordo as 7:40 pelos gritos do motorista de que chegamos em Osório. Do outro lado da rua tem uma igrejinha amarela, a coisa mais fofa. Começo a conversar com a minha mãe e ficamos papeando até não poder mais.
9:30 chegamos em Porto. Na hora de descer do onibus, ninguem se presta a ajudar a descer as malas. Minha mãe tenta pedir pro motorista. Ele esta descarregando "as compras que as pessoas fizeram em São Paulo que estavam entupindo o bagageiro e não pode fazer nada". Eu fico puta e penso em quebrar o vidro do onibus com a mala. Descemos sem ajuda.
Na saída um outro funcionário da Itapemirim surge pra retirar as etiquetas que no fim não serviram pra nada. Minha mãe reclama pro funcionario, que diz para irmos até o guichê da empresa.
No guichê eu peço o número para reclamação. Uma freira e uma outra passageira que estavam no mesmo onibus fazem cara feia. Eu começo a reclamar do quão ridícula aquela empresa é. A funcionária me manda ligar e reclamar mesmo.
De raiva e cansaço eu me agarro no primeiro orelhão e ligo. Minha mãe, exausta, senta numa das malas com a carinha mais triste do mundo. Eu xingo a telefonista e depois me arrependo. Fico calma e explico a situação. Exijo uma retratação da empresa. Ela alega que em 5 dias me dará uma resposta.
Vamos em busca de um taxi. O motorista é o típico gaúcho querido. Ficamos filosofando sobre o caos da vida moderna e da falta que faz desastres naturais e guerras nesse país. Ele nos ajuda com as malas. Uma vidice. <3
Chegamos e minha tia nos espera com um café. Eu começo a ter cólicas homéricas. Minha mãe sai em busca de uma farmácia. Tomo banho e vou me deitar. Ela chega com o são Pontin. Quero tomar dois de uma vez. "Não, não pode!" Vou pra internet em busca de uma bula do remédio. Pode de 8 em 8 horas. Tomo um. Durmo instaneamente. Acordo as 3 da tarde e me empanturro de sanduíches, ou como diria a Naila, "mistinhos".
E resolvo que contar isso num blog que está semi-às-moscas pode ser uma maneira interessante de desopilar.
E acho que agora vou jantar na casa da amiga de alguém.