segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gentilezas e afins

Hoje eu fui ao ginecologista e recuperei um pouco da fé perdida no gênero masculino. Sim, podem existir no mundo homens engraçados, gentis e cavalheiros. Que se importam com sua opinião e sabem se dirigir à uma mulher com gentileza e cuidado. Ainda há esperança.


Agora me pareceu estranho ter tido essa epifania durante um exame pélvico. Mas enfim.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Clarice Lispector & Me

Lendo o Twitter hoje acabei descobrindo um teste para saber que livro da literatura brasileira eu sou. E deu que sou "A paixão segundo GH", de Clarice Lispector.
Segue o resumo do teste, que é o meu retrato falado:

"Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.
Assim é também "A paixão segundo GH", obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única."


Agora me diz se eu não fiquei doente pra ler esse livro?! Amanhã vou correndo procurar na biblioteca da FAP.

By the way, o link para o teste é este aqui

terça-feira, 21 de abril de 2009

Cheiros

Hoje teve pic-nic da turma da faculdade. Fomos para o parque que tem atrás do Museu Oscar Niemeyer. Depois sentamos na escadinha do Museu, e por um instante eu senti cheiro de livro novo. O mesmo cheiro que de vez em quando eu sentia quando trabalhava na livraria. Quando chegavam aquelas caixas enormes, cheias de exemplares cheirosos.
Daí me deu saudade daquele tempo. Das horas legais de trabalho. De alguns clientes queridos e bem-educados. E principalmente dos livros. De estar cercada por eles, e de sentir aquele cheiro.
Memória olfativa é uma coisa fascinante. Eu sempre fico pasma quando sinto um cheiro que me vai me trazendo lembranças. Me recordo até hoje, quando caminhava na ESEF em Porto Alegre, ouvindo a trilha sonora do Senhor dos Anéis ou Peter Cetera, que num determinado ponto do caminho dava pra sentir brevemente o cheiro de eucalipto. Era um segundo. Certa vez até parei e fiquei tentando perceber de onde vinha o odor. Mesmo assim, naquele microsegundo eu lembrava da minha infância, na casa da minha tia avó, onde frondosos eucaliptos cresciam no jardim.
Hoje, se sentir cheiro de eucalipto lembro desses dois instantes de vida. As vezes acho que a memória olfativa vai acumulando sensações.
Tenho tantos outros perfumes-emoções que nem sei se conseguiria lembrar todos agora. Como café passado, que vai sempre lembrar eu de pijamas chegando na cozinha e minha mãe acabando de se arrumar antes de trabalhar.
Também existem cheiros que não sei identificar, mas quando sinto, lembro de tardes quentes quando eu era pequena e via a vida passar pela janela. Mas acho que nesse quesito também entram a cor do céu. Só que isso é outra história...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dia do Disco de Vinil

Hoje é o dia do disco de vinil.

Porque o bolachão merece.

domingo, 19 de abril de 2009

Tenho a saudade e um cartão postal...

Por um desses motivos que nem Freud explica, comecei a remexer nos meus CDs e achei um que ganhei no meu aniversário de 15 anos. Uma coletânea das músicas preferidas de um amigo meu, o Gilberto. Eu lembro dele comentando que eram as preferidas de quando ele era jovem, e que achava interessante que eu escutasse. Claro que na época, eu gostei de bem poucas. Mas com o tempo e a maturidade necessaria, passei a gostar cada vez mais de todas as faixas. Hoje eu gosto do CD todo, ouvindo e reouvindo cada uma.
Não sei se pelas músicas, ou se pelo chiadinho do vinil que dá pra ouvir junto com cada uma, me deu uma saudade daquele tempo em que eu viajava 40 e poucos quilômetros e ia pra casa dele no domingo, para eventuais ensaios, churrasco e torta de bis da esposa dele. =) Era tão legal.
Por ter essas lembranças tão vivas na minha vida, eu resolvi 'goglear' o meu amigo Gilberto e ver se achava algo dele na net. Foi então que achei isso aqui. Fiquei até com um sorriso no rosto de ver um foto minha na capa do cd 'ao vivo em porto alegre'. Coincidência ou não, a foto da capa está no meu mural. =)
Ai, ai, bons tempos aqueles.