pois é, né. eu to com uma sensação gigante de ter sido mal compreendida. sei lá, não dá pra explicar um negócio desses, como não dá pra explicar porque eu sonhei com o sidney magal esses dias. mas enfim. acho que é por causa da prova de amanhã que definirá se meus próximos seis meses serão uma chatice, ou não.
pra piorar, resolvi reavivar meus tempos de beatlemaníaca e tô ouvindo beatles de novo diretaço. daí eu me dei conta da capacidade que tenho pra lembrar de letras das músicas deles que não ouço há mil anos, e no entanto, lembrar do que eu ouvi na aula de análise do cinema I na semana passada é difícil, né? bem, só sei que ontem de madrugada tava vendo o hiroshima, mon amour, do alain resnais e caindo no sono, pq tinha dormido 3 horas na noite anterior. resolvi então parar de brigar com as pálpebras e tirei o filme, até porque é um crime ficar pescando no meio dessa obra-prima (sério). aí, por causa de uma mania fresca de dormir com o barulho da tv, resolvi por o primeiro dvd do ringo “amado da tia” starr, e praquê. o sono se foi. e nessa diversão toda me dei conta que estava cantando alto junto com o levon helm, em plena altas horas da madrugada. diante disso, resolvi que era melhor dormir mesmo porque já tava com vergonha alheia daquele casaco rosa que o ringo usava até a metade do show.
eu só queria que essa semana terminasse de uma vez, e eu estivesse de férias, at last. esse semestre foi ruim pra mim. tive problemas físicos causados por problemas emocionais, e isso é bem pior do que ficar gripada porque peguei chuva. – e eu quero ir pra casa, né. pras pessoas que eu costumo chamar de lar.
mah enfim. a sensação de ser mal compreendida permanece. o negócio agora é ir dormir, colocando qualquer filme que eu já saiba de cor, e programando a tv pra desligar. porque nessas alturas da minha vida, não dá pra ficar gastando luz. até porque, como já diria minha mãe, aqui ninguém é sócio da copel, néam.
terça-feira, 30 de junho de 2009
till we found a sea of green
domingo, 28 de junho de 2009
the sound of music mini-clip
hoje eu tive a feliz surpresa de que o mini-clip editado por mim já tem 40 comentários no youtube. =)
por isso, comemoro postando o link dele aqui.
sábado, 27 de junho de 2009
familia
cada vez mais eu me convenço que apesar de todos os problemas, a minha família é a melhor coisa que existe no universo. eu nao sei de onde sai tanto amor que essas duas maravilhosas mulheres tem por mim. nao sei. é uma coisa que só se sente, não se explica. e como eu estou sensível a tudo e a todos, e sujeita a todos os clichês, me emociono só de pensar nelas.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
um texto li(n)do
“Acho que o fato de ele não ter mãos reforça o seu apelo quando dá uma de João-sem-braço. "não quero, não me abra, não me leia. Olha só, estou te avisando, eu sou muito chato!" E por que isso? ele tinha tanto pra me dizer, e preferiu dar ouvidos às suas orelhas e jogar-se em um qualquer canto, escondido na poeira do carpete. "Longe de mim! Tire já essas mãos imundas! Você não me merece, não está pronto!"
- Quem é você pra dizer?
Mas ele não ouve. Infelizmente ainda não é um meio completo de se conversar, nem tão saudável. E continuou: "Ai minha santa sulfite, que fiz eu pra merecer tanto sofrimento?"
- Você nasceu do sofrimento! Você é quase um parto, sabia?
Então ele ficou vermelho. Todo mundo sabe ouvir muito bem quando quer.
- E eu sei que por trás dessa capa dura, há pensamentos brilhantes, que só precisam se deixar ver.
E ele se abriu, todo devagar, vexado e conquistado, porém exultante. Sua pele era minuciosamente sentida, e ele enriquecia-se pelo prazer de se deixar conhecer.”
Rodrigo Alonso
[Um texto que quis colocar aqui, porque achei fantástico. Lindo. Tudo-di-bom. hehehehe. Está no blog desta criaturinha curiosa]
quinta-feira, 4 de junho de 2009
o homem que saiu para o frio
um dia um homem saiu para o frio. seus pés congelavam dentro dos sapatos, mas mesmo assim, ele saiu.
ele cantarolou uma musica reconfortante, mas ninguem ouviu. e talvez por isso, ele ficou muito mais quieto e muito mais triste do que o mundo jamais viu.
se cantar não adiantava, que tal um assobio? mas tudo naquele dia era tão cinza, tão escorregadio…
o homem suspirou e voltou para casa, arredio. resolveu que nao sairia mais para o frio. deitou sua cama, fechou os olhos e logo adormeceu. pelo menos ali, ele tinha algo que era seu.
e com o passar do tempo, o homem envelheceu. seu medo arrefeceu. tenho pouco tempo! – ele dizia, e o grito ecoava na parede fria.
mas como nada acontecia, o homem nao lutava, não perdia e nem vencia, o frio, como era do seu feitio, permanecia.
(algo para uma noite fria, em que eu achei que era melhor postar isso do que “estou com tanta dor de cabeça que acho que tenho um tumor” – também sob influencia de um blog muito belo, que ainda nao sei se posso divulgar o endereço.)