quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Blog de Ouro

Fiquei até surpresa que alguém lê de verdade o meu blog (as vezes eu acho que as pessoas não existem, mas enfim) e que resolveu indicá-lo como Blog de Ouro. Daí, por causa disso, ganhei esse "selinho".

Fófis, né?

E de acordo com as regras eu tenho que:

1- Exibir o selo
2- Postar o link de quem me deu esse selo: Grozelix
C- Indicar alguns blogs da minha preferência, para presenteá-los com tal selo:
D - Publicar as regras





quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Me dá?

Tá, eu sei que estou sendo chata. Mas poxa, eu não resisto a esse boxset. Eu queria tanto, tanto.

[suspiro]

domingo, 30 de agosto de 2009

Domingos Monótonos

Domingo é dia de não se fazer nada. Ou de curar a ressaca. Daí, enquanto eu procurava anúncios dos anos 50 na internet pra me distrair, achei um comercial muito interessante de uma marca de aparelhos de audio e video.


Legal, né?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Nomes

Tem gente que tem diversas manias e gostos bizarros. Acho que é normal dessas coisas acontecerem no mundo, e quem tem juízo tenta controlar ou esconder suas manias. Quem não tem, posta no blog.
Eu posso dizer que tenho várias manias, e uma delas é repetir nomes e/ou sobrenomes interessantes, ou que pelo menos eu acho interessantes. Não sei explicar o que é, mas tem algo no jeito como esses nomes são pronunciados, no som que eles produzem, que me atrai de uma maneira estranha.

Por exemplo, uma jornalista americana que participava do painel do programa What's My Line? nos anos 50, chamada Dorothy Kilgallen. Adoro a forma como o John Daly (nome legal, mas menos interessante) a chamava quando era a vez dela perguntar no jogo do "mystery guest": "Miss Kilgallen!". E ela, vendada, perguntava o que lhe vinha a cabeça. Claro que a forma como Mr. Daly pronunciava, transformava todo o contexto do nome. Existe então, uma manha, um sotaque na hora de articular que confere um impacto maior.
O mais legal também, é que nesses casos, o nome combina muito com o sobrenome. Dorothy totalmente combina com o Kilgallen. E isso faz a mágica do nome acontecer, e eu ter vontade de ficar repetindo aleatoriamente.

Outro nome é o da família dos Ananda, da novela das 8, que começa as 9. Eu gosto de nomes indianos porque eles tem uma sonoridade fantástica. No caso dessa família, eu não gosto de todos os nomes, tipo, Amithab? Ugh. Entretanto, não me canso de repetir Opash Ananda e Raj Ananda, quando tenho a oportunidade. Não dá pra evitar.

Também gosto de dizer apelidos ao invés dos nomes das pessoas. Ou os nomes ao invés dos apelidos. Tipo, Sonny Bono. O nome dele mesmo era Salvatore Bonno. Que é muito mais legal de pronunciar. Ou Jimmy Stewart, que combina muito mais e é muito mais fófis do que dizer James Stewart.

Em alguns casos, o apelido e o nome são legais, e daí você tem que se revezar pra pronunciar. Tipo Desi Arnaz, que é o apelido/nome artístico para Desiderio Alberto Arnaz y de Acha III.
E isso acaba de me lembrar de uma conversa que tive com minha amiga Thaïs a respeito de nomes latinos que gostaríamos de ter.
Sempre achei fantástico esses sobrenomes latinos de impacto. Veja o Desi mesmo com esse Arnaz y de Acha III. Isso é másculo barbaridade. Ou então De La Vega, que não só lembra o Zorro (afinal, quem não lembra que o nome dele era Don Diego de La Vega?), mas também lembra Maria do Bairro, né. Com a família de La Vega, coisaetal.

E falando em novelas mexicanas, já que o papo enveredou por esse caminho, tenho que mencionar Octavio de Villareal e o Esteban San Román. Que, a título de curiosidade, são interpretados pelo mesmo ator em novelas distintas. E porque não dizer que esse ator é muito, mas muito interessante. =)
Eu teria diversos nomes a acrescentar nessa lista, como Douglas Maldonado, Luciana Duval e o sobrenome Mendizábal. Mas apenas terminarei essa lista de nomes, dizendo que se eu pudesse ter outro nome, queria ser María Guadalupe.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

"ai, que saudade do rio grande!"

cara, sério, não quero puxar brasa pra minha terra, mas é impossível não fazê-lo. hoje foi o primeiro dia em que saí mesmo aqui em Porto Alegre, fui ao médico e fiz exames, e bá. galera é simpática e pronto. galera conversa quando você faz um comentário. você entra em um lugar quentinho, saindo do frio da rua, comenta isso e a pessoa não te ignora completamente. ela desenvolve uma conversa de 10 minutos sobre o clima que termina numa frase filosófica sobre a vida e a existência. eu estava tão desacostumada com isso, que acho que meu olho ficou arregalado quando alguém devolveu o 'bom dia'. não dá pra acreditar na boa vontade, na simpatia e na gentileza das pessoas, mesmo num frio cortante e abaixo de uma chuva fina e chata. enfim, me emociono. a minha terrinha é massa.
e agora, to deitadinha debaixo da coberta, vendo o tatata pimentel na tvcom, comendo mocotó no camarote vip do show do roberto carlos no gigantinho. hahahahaha. adoro. e esse sotaque lindo, hein? vontade de pegar todos os meus gauchinhos no colo e apertá-los bem muito.

isso me faz lembrar uma piadinha infame:
estava um gaúcho tomando um chimarrão em são paulo (ou qualquer outro estado) quando a água da térmica terminou. ele foi até um armazém/padaria próxima e pediu que fervessem um litro de água. o atendente ferveu a água e trouxe para o gaúcho, que provou e disse:
- nossa, mas isso está gelado! tem que ferver a água!
lá foi o atendente, deixou a água o mais quente que podia e trouxe novamente. o gaúcho provou novamente e logo depois disse:
- mas bá, tem que esquentar mais essa água, tchê! tá muitoooo fria!
o atendente, que já estava sem paciência pensou "mas agora esse gaúcho me paga!" e esquentou ainda mais a água e trouxe borbulhando de tão quente, dentro da térmica.
o gaúcho provou, ficou vermelho e respirou fundo. o atendente sorriu e pensou "agora sim, esse gaúcho viu o que é bom!".
e o gaúcho olhou para o horizonte, com uma lágrima escorrendo pelo rosto e disse: "ai, que saudade do rio grande!".

tá, teve graça quando me contaram

sábado, 15 de agosto de 2009

A saga interestadual

Existe uma verdade universal sobre a minha família: situações bizarras sempre acontecem. Viagens e rodoviárias são um dos locais mais propícios para essas situações se desenvolverem e tomarem proporções gigantescamente toscas.
Ontem foi um desses dias, assim, desse jeito. 23:30 teoricamente eu embarcaria para Porto Alegre. Cheguei na rodô de Balneário meia hora antes para retirar a passagem que já tinha comprado previamente. O carinha do guichê olha pra mim com a cara mais tranquila do universo e diz que o onibus atrasou em São Paulo e que vai chegar "lá pela 1:30 da manhã ou 2 horas". Ahã. Cool. Legal. Massa.
Nessas alturas, eu já dopada por 60 gotas de Dramin B6, sentei com minha mãe e 3 malas pesadas para esperar. Acho que 20 minutos depois eu já estava rindo e falando fofo de tanto sono. Minha mãe começou a relembrar casos bizarros de rodoviárias e eu chorei de rir ouvindo a história dela em um táxi perseguindo o onibus na ponte do Guaíba no meio de uma chuva torrencial enquanto ouviam-se gritos de "moço, moço!". Adoro histórias quando as pessoas gritam "moço!".
Depois de idas e vindas pelos corredores da rodoviária, tentando esticar as pernas e dar uma espairecida, ganhamos o "kit lanchinho" do funcionário da Itapemirim que etiqueta nossas malas porque não tem nada mais de bom pra fazer.
1 hora da manhã. O onibus chega. Quando eu achei que tudo ia ser lindo, apesar dos pesares, o motorista abre os bagageiros e... tá tudo lotado. Não entrava nem uma vírgula mais.
Confusão geral na rodoviária. Galera que vai embarcar já quer tacar fogo no ônibus. O pobre do motorista resolve por as malas nos bancos vazios. O fundo do onibus fica de mala até o teto. Vou me deitar porque estou podre de cansada.
Minha mãe deita, abre o saquinho do cobertor e cinco minutos depois ela dorme, pobre bicho. Eu, sem querer me dar por vencida, resolvo ouvir música. Descubro que um dos meus fones não funciona. Depois de uma crise de raiva resolvo dormir.
A viagem é tranquila e eu acordo cada vez que um braço fica dormente pra trocar de lado. Minha mãe, toda uma princesa, se encosta em mim e empresta o braço pra eu fazer de travesseiro. Uma santa.
5:59 acordo com os gritos do motorista pra avisar que haverá uma parada de 20 minutos pra lanche. Capengando, saímos do onibus. Levo um susto ao me olhar num espelho gigante que tem na entrada do banheiro. Cabelo revirado e cara amassada. Concluo que a pessoa que teve a idéia de por um espelho daquele tamanho odeia mulheres.
A viagem continua. Acordo em horário indeterminado e vejo o sol nascer no campo. Coisa mais linda a planície recoberta pela geada. Já percebo na hora que cheguei ao meu amado Rio Grande.
Volto a dormir. Acordo as 7:40 pelos gritos do motorista de que chegamos em Osório. Do outro lado da rua tem uma igrejinha amarela, a coisa mais fofa. Começo a conversar com a minha mãe e ficamos papeando até não poder mais.
9:30 chegamos em Porto. Na hora de descer do onibus, ninguem se presta a ajudar a descer as malas. Minha mãe tenta pedir pro motorista. Ele esta descarregando "as compras que as pessoas fizeram em São Paulo que estavam entupindo o bagageiro e não pode fazer nada". Eu fico puta e penso em quebrar o vidro do onibus com a mala. Descemos sem ajuda.
Na saída um outro funcionário da Itapemirim surge pra retirar as etiquetas que no fim não serviram pra nada. Minha mãe reclama pro funcionario, que diz para irmos até o guichê da empresa.
No guichê eu peço o número para reclamação. Uma freira e uma outra passageira que estavam no mesmo onibus fazem cara feia. Eu começo a reclamar do quão ridícula aquela empresa é. A funcionária me manda ligar e reclamar mesmo.
De raiva e cansaço eu me agarro no primeiro orelhão e ligo. Minha mãe, exausta, senta numa das malas com a carinha mais triste do mundo. Eu xingo a telefonista e depois me arrependo. Fico calma e explico a situação. Exijo uma retratação da empresa. Ela alega que em 5 dias me dará uma resposta.
Vamos em busca de um taxi. O motorista é o típico gaúcho querido. Ficamos filosofando sobre o caos da vida moderna e da falta que faz desastres naturais e guerras nesse país. Ele nos ajuda com as malas. Uma vidice. <3
Chegamos e minha tia nos espera com um café. Eu começo a ter cólicas homéricas. Minha mãe sai em busca de uma farmácia. Tomo banho e vou me deitar. Ela chega com o são Pontin. Quero tomar dois de uma vez. "Não, não pode!" Vou pra internet em busca de uma bula do remédio. Pode de 8 em 8 horas. Tomo um. Durmo instaneamente. Acordo as 3 da tarde e me empanturro de sanduíches, ou como diria a Naila, "mistinhos".
E resolvo que contar isso num blog que está semi-às-moscas pode ser uma maneira interessante de desopilar.
E acho que agora vou jantar na casa da amiga de alguém.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

half-cool prince

hoje, ou melhor, ontem, já que passa da meia-noite, assisti finalmente o tão aguardado, almejado e idolatrado half-blood prince. mas nada foi como eu esperava. não assisti em curitiba como queria, nem na companhia da minha querida kelly.
nãooo, fui sozinha ao cinema desta cidade ridícula, numa sessão ridícula das 4 da tarde que não quero nunca mais por os pés. galerinha que nem gosta do bagulho, assobiando e enchendo o saco. ainda por cima sentou um gordinho de óculos do meu lado que ria de um jeito bizarro e que inventou de falar no celular no meio do filme. juro que num determinado momento pensei em arrancar o celular da mão dele e jogar lá na primeira fileira. só não fiz porque meu lado simpático me segurou.
o pior é que nunca me senti tão velha. 80% daquele cinema tava lotado de pessoas abaixo dos 16 anos. como se não bastasse, casalzinho idiota atrás de mim resolveu comentar em tom de surpresa que "vc não acredita que fulana de tal me disse que foi ver TITANIC no cinema". MAS COMO ASSIM? EU FUI VER TITANIC NO CINEMA! me senti com 100 anos. à beira da morte.

enfim. gostei médio do filme. foi bom, bem feitinho, atuações legaizinhas... mas sei lá. não é segredo que eu só vejo harry potter pelo snape, e nas cenas dele, tudo supimpa. além do mais, ó meu deus, como ele estava sexy. o cabelo genial, pela primeira vez na história dos filmes. mas enfim... o filme todo era uma coisa "ok, ok, pode passar pra parte do sevvie logo?"
sei lá, talvez eu tenha crescido. ou talvez seja a faculdade fazendo efeito. ou talvez sempre tenha sido assim (o que tenho quase certeza).
de qualquer forma, comprei ingresso pra ver na sexta de novo. aí poderei ver mais snape, e cochilar em tudo o mais.

terça-feira, 7 de julho de 2009

“They say it's your birthday…”

hoje, há 69 anos, nascia richard starkey jr. e essa coisa fofinha da tia, ia virar o narigudo mais xuxu da minha coleção. =)
meu maior medo agora é que com a idade avançando ele resolva ir para a ‘terra dos pés juntos’. não é justo eu não me descabelar num show dele, poxa. eu tenho direitos sobre aquele nariz!

teddyfacebw

“fading in, fading out, isn’t that what life’s about?
first you’re here, then you’re gone
still the world goes on and on
but that’s alright, I’m here right now
it takes so long sometimes to figure out
fading in and fading out”

LONG LIVE RINGO!

terça-feira, 30 de junho de 2009

till we found a sea of green

pois é, né. eu to com uma sensação gigante de ter sido mal compreendida. sei lá, não dá pra explicar um negócio desses, como não dá pra explicar porque eu sonhei com o sidney magal esses dias. mas enfim. acho que é por causa da prova de amanhã que definirá se meus próximos seis meses serão uma chatice, ou não.
pra piorar, resolvi reavivar meus tempos de beatlemaníaca e tô ouvindo beatles de novo diretaço. daí eu me dei conta da capacidade que  tenho pra lembrar de letras das músicas deles que não ouço há mil anos, e no entanto, lembrar do que eu ouvi na aula de análise do cinema I na semana passada é difícil, né? bem, só sei que ontem de madrugada tava vendo o hiroshima, mon amour, do alain resnais e caindo no sono, pq tinha dormido 3 horas na noite anterior. resolvi então parar de brigar com as pálpebras e tirei o filme, até porque é um crime ficar pescando no meio dessa obra-prima (sério). aí, por causa de uma mania fresca de dormir com o barulho da tv, resolvi por o primeiro dvd do ringo “amado da tia” starr, e praquê. o sono se foi. e nessa diversão toda me dei conta que estava cantando alto junto com o levon helm, em plena altas horas da  madrugada. diante disso, resolvi que era melhor dormir mesmo porque já tava com vergonha alheia daquele casaco rosa que o ringo usava até a metade do show.
eu só queria que essa semana terminasse de uma vez, e eu estivesse de férias, at last. esse semestre foi ruim pra mim. tive problemas físicos causados por problemas emocionais, e isso é bem pior do que ficar gripada porque peguei chuva. – e eu quero ir pra casa, né. pras pessoas que eu costumo chamar de lar.
mah enfim. a sensação de ser mal compreendida permanece. o negócio agora é ir dormir, colocando qualquer filme que eu já saiba de cor, e programando a tv pra desligar. porque nessas alturas da minha vida, não dá pra ficar gastando luz. até porque, como já diria minha mãe, aqui ninguém é sócio da copel, néam.

domingo, 28 de junho de 2009

the sound of music mini-clip

hoje eu tive a feliz surpresa de que o mini-clip editado por mim já tem 40 comentários no youtube. =)
por isso, comemoro postando o link dele aqui.

sábado, 27 de junho de 2009

familia

cada vez mais eu me convenço que apesar de todos os problemas, a minha família é a melhor coisa que existe no universo. eu nao sei de onde sai tanto amor que essas duas maravilhosas mulheres tem por mim. nao sei. é uma coisa que só se sente, não se explica. e como eu estou sensível a tudo e a todos, e sujeita a todos os clichês, me emociono só de pensar nelas.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

um texto li(n)do

“Acho que o fato de ele não ter mãos reforça o seu apelo quando dá uma de João-sem-braço. "não quero, não me abra, não me leia. Olha só, estou te avisando, eu sou muito chato!" E por que isso? ele tinha tanto pra me dizer, e preferiu dar ouvidos às suas orelhas e jogar-se em um qualquer canto, escondido na poeira do carpete. "Longe de mim! Tire já essas mãos imundas! Você não me merece, não está pronto!"
- Quem é você pra dizer?
Mas ele não ouve. Infelizmente ainda não é um meio completo de se conversar, nem tão saudável. E continuou: "Ai minha santa sulfite, que fiz eu pra merecer tanto sofrimento?"
- Você nasceu do sofrimento! Você é quase um parto, sabia?
Então ele ficou vermelho. Todo mundo sabe ouvir muito bem quando quer.
- E eu sei que por trás dessa capa dura, há pensamentos brilhantes, que só precisam se deixar ver.
E ele se abriu, todo devagar, vexado e conquistado, porém exultante. Sua pele era minuciosamente sentida, e ele enriquecia-se pelo prazer de se deixar conhecer.”
Rodrigo Alonso

[Um texto que quis colocar aqui, porque achei fantástico. Lindo. Tudo-di-bom. hehehehe. Está no blog desta criaturinha curiosa]

quinta-feira, 4 de junho de 2009

o homem que saiu para o frio

um dia um homem saiu para o frio. seus pés congelavam dentro dos sapatos, mas mesmo assim, ele saiu.

ele cantarolou uma musica reconfortante, mas ninguem ouviu. e talvez por isso, ele ficou muito mais quieto e muito mais triste do que o mundo jamais viu.

se cantar não adiantava, que tal um assobio? mas tudo naquele dia era tão cinza, tão escorregadio…

o homem suspirou e voltou para casa, arredio. resolveu que nao sairia mais para o frio. deitou sua cama, fechou os olhos e logo adormeceu. pelo menos ali, ele tinha algo que era seu.

e com o passar do tempo, o homem envelheceu. seu medo arrefeceu. tenho pouco tempo! – ele dizia, e o grito ecoava na parede fria.

mas como nada acontecia, o homem nao lutava, não perdia e nem vencia, o frio, como era do seu feitio, permanecia.

(algo para uma noite fria, em que eu achei que era melhor postar isso do que “estou com tanta dor de cabeça que acho que tenho um tumor” – também sob influencia de um blog muito belo, que ainda nao sei se posso divulgar o endereço.)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Anti-Pro-Tristeza

Ando numa tristeza tão terrível, tão completamente abominável, que nem sei. Fiquei umas duas semanas nisso, sem saber direito de onde vinha, porque vinha. Enchi o saco da minha mãe no msn por coisas altamente banais até ela me ligar perguntando o que eu tinha, e pra piorar, chorei calada respondendo monossilábica que estava tudo bem - porque não, eu não preciso que além das preocupações normais, ela tenha algo mais pra perturbá-la.
Mas foi aí, que um dia, nessa lenga-lenga de tristeza, me dei conta que isso tudo era esquisito demais pra ser verdade. E uma lâmpada acendeu sobre minha cabeça difícil: só pode ser a M* do anti concepcional. Mas puta que pariu, hein? Fui atrás pra saber, e em 80% dos casos, isso pode acontecer, e você tem que trocar de marca, ou o carajo.
Daí to esperando acabar essa, trocar pra outra e se nada funcionar, agir como uma adulta e jogar todas as anti, uma a uma, descarga a baixo.
E enquanto isso, aguento aqui, 'no osso do peito' como diriam na terrinha, as complicações originárias da maldita pequenina. Ficando magoada com coisas de nada, chorando de repente pra começar a rir depois. E baixando filmes da Sessão da Tarde para resgatar uma infância feliz.

E pra não terminar numa deprê total, segue um texto do Amyr Klink, que é o cara. Que conseguiu transmitir um pensamento confuso meu, numa coisa tão simples, e por isso, maravilhosa:

"Um homem precisa viajar por sua própria conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sobre o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser, que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e, simplesmente, ir e ver."

sábado, 16 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

All-Star

Com esse trabalho para a disciplina de fotografia, acabei atualizando o blog com uma foto legítima do meu all-star sonhador. Tão sonhador quanto pode ser.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gentilezas e afins

Hoje eu fui ao ginecologista e recuperei um pouco da fé perdida no gênero masculino. Sim, podem existir no mundo homens engraçados, gentis e cavalheiros. Que se importam com sua opinião e sabem se dirigir à uma mulher com gentileza e cuidado. Ainda há esperança.


Agora me pareceu estranho ter tido essa epifania durante um exame pélvico. Mas enfim.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Clarice Lispector & Me

Lendo o Twitter hoje acabei descobrindo um teste para saber que livro da literatura brasileira eu sou. E deu que sou "A paixão segundo GH", de Clarice Lispector.
Segue o resumo do teste, que é o meu retrato falado:

"Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.
Assim é também "A paixão segundo GH", obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única."


Agora me diz se eu não fiquei doente pra ler esse livro?! Amanhã vou correndo procurar na biblioteca da FAP.

By the way, o link para o teste é este aqui

terça-feira, 21 de abril de 2009

Cheiros

Hoje teve pic-nic da turma da faculdade. Fomos para o parque que tem atrás do Museu Oscar Niemeyer. Depois sentamos na escadinha do Museu, e por um instante eu senti cheiro de livro novo. O mesmo cheiro que de vez em quando eu sentia quando trabalhava na livraria. Quando chegavam aquelas caixas enormes, cheias de exemplares cheirosos.
Daí me deu saudade daquele tempo. Das horas legais de trabalho. De alguns clientes queridos e bem-educados. E principalmente dos livros. De estar cercada por eles, e de sentir aquele cheiro.
Memória olfativa é uma coisa fascinante. Eu sempre fico pasma quando sinto um cheiro que me vai me trazendo lembranças. Me recordo até hoje, quando caminhava na ESEF em Porto Alegre, ouvindo a trilha sonora do Senhor dos Anéis ou Peter Cetera, que num determinado ponto do caminho dava pra sentir brevemente o cheiro de eucalipto. Era um segundo. Certa vez até parei e fiquei tentando perceber de onde vinha o odor. Mesmo assim, naquele microsegundo eu lembrava da minha infância, na casa da minha tia avó, onde frondosos eucaliptos cresciam no jardim.
Hoje, se sentir cheiro de eucalipto lembro desses dois instantes de vida. As vezes acho que a memória olfativa vai acumulando sensações.
Tenho tantos outros perfumes-emoções que nem sei se conseguiria lembrar todos agora. Como café passado, que vai sempre lembrar eu de pijamas chegando na cozinha e minha mãe acabando de se arrumar antes de trabalhar.
Também existem cheiros que não sei identificar, mas quando sinto, lembro de tardes quentes quando eu era pequena e via a vida passar pela janela. Mas acho que nesse quesito também entram a cor do céu. Só que isso é outra história...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dia do Disco de Vinil

Hoje é o dia do disco de vinil.

Porque o bolachão merece.

domingo, 19 de abril de 2009

Tenho a saudade e um cartão postal...

Por um desses motivos que nem Freud explica, comecei a remexer nos meus CDs e achei um que ganhei no meu aniversário de 15 anos. Uma coletânea das músicas preferidas de um amigo meu, o Gilberto. Eu lembro dele comentando que eram as preferidas de quando ele era jovem, e que achava interessante que eu escutasse. Claro que na época, eu gostei de bem poucas. Mas com o tempo e a maturidade necessaria, passei a gostar cada vez mais de todas as faixas. Hoje eu gosto do CD todo, ouvindo e reouvindo cada uma.
Não sei se pelas músicas, ou se pelo chiadinho do vinil que dá pra ouvir junto com cada uma, me deu uma saudade daquele tempo em que eu viajava 40 e poucos quilômetros e ia pra casa dele no domingo, para eventuais ensaios, churrasco e torta de bis da esposa dele. =) Era tão legal.
Por ter essas lembranças tão vivas na minha vida, eu resolvi 'goglear' o meu amigo Gilberto e ver se achava algo dele na net. Foi então que achei isso aqui. Fiquei até com um sorriso no rosto de ver um foto minha na capa do cd 'ao vivo em porto alegre'. Coincidência ou não, a foto da capa está no meu mural. =)
Ai, ai, bons tempos aqueles.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Jane Austen + BBC

Eu preciso parar de dar ouvidos quando alguém me diz que BBC + Jane Austen são uma coisa boa. Não são, definitivamente.
E o pior é que eu não me contento só em assistir Colin Firth com a camisa molhada ou fazendo aquelas caras enquanto a Elizabeth toca piano. Não. A pessoa também tem que assistir Lost in Austen e quase morrer sufocada em cada episódio. E eram só 4, vejam só.

O início, narrado pela protagonista enquanto ela lê P&P, me fez rir sozinha.

"It is a truth generally acknowledged that we are all longing to escape. I escape always to my favorite book, Pride & Prejudice. I've read it so many times now the words say themselves in my head and it's like a window opening. It's like I'm actually there. It's become a place I know so intimately. I can see that world, I can touch it. I can see Darcy. (...)I know I sound like this terrible loser. It's just sometimes I'd rather stay in with Elizabeth Bennet."

E logo depois disso o celular dela toca com a musiquinha tema de P&P. HAHAHHAHAHA. Tão familiar.

E graças à Rosie, que fez a gentileza de me emprestar tudo de Austen que ela tinha em vídeo, que os próximos da lista são: Sense & Sensibility, Northanger Abbey, Persuasion, Mansfield Park e Emma.
Depois disso, obviamente, serei missionária na África.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Trote dos Calouros 2008/02

Um semestre depois, nosso trote foi editado e postado. =)
Parece que passou uma década. E desde então, quanta coisa eu descobri.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Ma il mio mistero e chiuso in me...

Por algum motivo que nem Freud explica, às duas da manhã, resolvi procurar no YouTube os Três Tenores (Jose Carreras, Placido Domingo e Pavarotti) cantando "Nessun Dorma".



ÓBVIO que eu morri de chorar depois.
Lindo, lindo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Infância & Música

Lendo um post interessantíssimo da comádre no blog dela, me deparei com o vídeo de um desenho animado que sempre procurei mas fui incompetente demais para encontrar: Tom, tocando a Rapsódia Húngara n°2, de Liszt.
Claro que não consegui me conter, e eis aqui o vídeo:



Lembro agora da minha professora argentina de piano dizendo que um dia me ensinaria a tocar essa música. Acho que isso já faz mais de 10 anos! Bons tempos. =)

Aproveitando a deixa, mais alguns desenhos que embalaram a minha infância:
- Tom & Jerry: The Cat above and the Mouse below
- Tom & Jerry: Baby Puss - Tá explicado porque eu gosto de Carmen Miranda
- Tom & Jerry: Solid Serenade
- Pernalonga: Rabbit of Seville
- Pica-Pau: In The Barber of Seville
- Mickey Mouse & Friends: The Band Concert

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Cálculos II

Férias: 60 dias
Filmes que assisti: 18
Filmes para assitir: 29
Livros que terminei: 2
Livros para terminar: 7
Escrevi: 5 capítulos
Almoços que preparei: 0
Borracha do aparelho ortodôntico trocada para a cor: preta
Cor da pele: semi-bronzeada
Unidades alcólicas: 0
Tempo gasto na frente da televisão (por dia): 3 horas
Tempo gasto na internet: o suficiente para postar mais regularmente

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Slow Motion

Quando eu crescer, quero fazer algo assim.




Bubblicious from Rex The Dog on Vimeo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Coisas (des)interessantes para fazer na Internet

Navegando por esses mares internéticos acabei encontrando esse site com uns testes curiosos. Com eles descobri que:

- Meu cadáver vale 3.675 dólares;
- 143.097 pessoas morreram no dia em que eu nasci;
- Eu tenho 24% de chances de sobreviver à um ataque de zumbis;
- Em um acidente no meio da neve, eu teria 37% de chances de comer carne humana;
- Eu sou 40% geek;
- Meu nível de cafeína está "extremamente alto, com excesso de energia, praticamente espasmódico";
- Eu sobreviveria 30 dias presa na minha própria casa;
- Este blog não está amaldiçoado;
- Meu corpo produz 278 watts;
- Existem 1,662,780 germes vivendo no meu teclado agora.

Nada mal.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Beautiful World

No melhor estilo "uma coisa leva a outra" acabei caindo num blog chamado Sedentário & Hiperativo, e dentre as várias coisas interessantes, achei esse vídeo:


túrána hott kurdís by hasta la otra méxico! from Till Credner on Vimeo.

Lindo. Demais. Period.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Nikola Tesla

Ontem assisti O Grande Truque (The Prestige), pela terceira ou quarta vez na TV e fiquei interessada em saber mais sobre Nikola Tesla e 'real facts' sobre a vida dele. Claro que na hora eu pensei na Wikipedia.
Aliás, é incrível como sobrevivi tantos anos da minha vida sem a Wiki e o Google Maps. E isso me faz lembrar da Biblioteca Pública e grossos volumes mofados da Barsa, folheados em silêncio às 3 e 15 da tarde de um dia chuvoso e frio.
Momento de nostalgia à parte, fui em busca de Tesla, ou melhor, Никола Тесла. E gostei do que li. Além de ter inventado a corrente alternada e a lâmpada fluorescente, ele tinha particular interesse por ovnis e morreu aliás, na cela de um hospício onde fazia vários desenhos de ovnis e alienígenas nas paredes (já diria o Catatonia: Things are getting strange, Im starting to worry... This could be a case for Mulder and Scully...)
Achei interessante também o fato de ele ser vegetariano, já naquela época. Por motivos próximos, inclusive, dos que eu tenho para atingir essa meta em 2009.
O mais interessante disso é que Tesla, no filme, é interpretado pelo David Bowie (suspiro). Que por sinal está muitíssimo pegável, as always.



Que vontade de voltar pra Curitiba e ouvir todos os meus cd's do Bowie over and over. =)

domingo, 25 de janeiro de 2009

SAG Awards

Acabei de assistir ao Sag, e fora eventuais injustiças (Mad Men melhor elenco de série dramática? ahn?), finalmente o Hugh Laurie ganhou o prêmio merecido. Aliás, esse homem é uma fofura. De pegar no colo, com SAG Award e tudo. =)



E a Meryl Streep? Ela SEMPRE merece os prêmios, mesmo quando não leva, como foi o caso do Golden Globe. E ela pode ser mais amável do que é, e ao mesmo tempo tão natural? Diva, beibe. Fizeram essa e jogaram a fôrma fora.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

James "xuxuzerada" Wilson

Enquanto eu esperava a tinta do quarto da minha mãe secar resolvi dar uma olhada em alguns sites e como uma coisa vai levando à outra... acabei caindo num teste de personalidade de House MD. Eis o resultado.

Your result for The House, MD Personality Test...

Dr. James Wilson

65% Eccentricity, 30% Confidence, 50% Kindness


Congratulations, you're Dr. James Wilson! You've got the tough role of being the conscience and best friend to Dr. Greg House, which proves that you must be secretly (or openly) insane. You're always a good person for providing advice, witty remarks, free lunches, lectures, and (wanted or unwanted) psychoanalysis. You are about as confident as the average person, but you have some big issues with yourself, and may have problems living up to the ideals you have in your head. You do really care about other people, though, even if you sometimes express that caring by trying to get into their pants.


Take The House, MD Personality Test
at HelloQuizzy

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Fahrenheit 451

Hoje na companhia de uma das minhas pessoas favoritas assisti à um filme chamado "Fahrenheit 451", de François Truffaut, baseado no livro homônimo de Ray Bradbury.
Fantástico seria a palavra para definí-lo. Tão fantástico, que no final além de praticamente me debulhar em lágrimas, fiquei imaginando qual livro eu seria, se pudesse ser um.
Mas antes de começar uma lista exaustiva dos livros que eu seria, vale a pena contar um pouco do filme. Em Fahrenheit 451 ler é crime. O governo considera que a literatura é um perigo constante para a sociedade, já que o conhecimento do mundo pela arte torna as pessoas angustiadas e pessimistas. A quase todo o momento os leitores são apontados como os "anti-sociais" que devem ser reintegrados à sociedade.
Nessa nova ordem, os bombeiros não têm mais a função de apagar incêndios. Sob uma temperatura de 451 Fahrenheit, eles queimam livros de toda espécie. E Montag é um deles, prestes a ser promovido.
Ao conhecer Clarisse, a visão de Montag entra em conflito e, atiçado pela curiosidade, começa a roubar alguns livros e lê-los escondido.
O desfecho dessa história é previsível, porém não menos emocionante. Montag é perseguido e foge, indo viver numa comunidade isolada onde os amantes da literatura decoram livros, transformando-se neles.
A cena final é uma das mais belas e mais emocionantes que eu já vi. Montag então, de posse do único livro que conseguiu salvar, caminha dentre as várias pessoas recitando o que lê para decorar as palavras, enquanto as outras pessoas/livros recitam a si próprios. É belíssimo.
Acabei lembrando da época em que trabalhava numa livraria, e imaginava todos os livros falando de suas prateleiras, só esperando que alguém os levasse pra casa. Truffaut conseguiu colocar numa imagem o que os livros são para mim: várias pessoas falando, falando e falando. Uma pena que nem todos se dispôem a ouví-los.



Ahhh, peraí. Ia esquecendo. Depois de pensar muito, acho que se eu pudesse ser um livro, me apresentaria como: "Olá, muito prazer, sou o 1984, de George Orwell".

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Cálculos

Férias: 23 dias
Filmes que assisti: 1 (mais a metade de outros 2)
Filmes para assitir: 47
Livros que terminei: 0
Livros para terminar: 9
Escrevi: 4 parágrafos
Almoços que preparei: 1
Borracha do aparelho ortodôntico trocada para a cor: verde
Pessoas que ficaram chocadas com o meu corte de cabelo: 4
Pessoas que gostaram do meu corte de cabelo: 13
Cor da pele: pálida
Unidades alcólicas: 1 gole de um péssimo vinho branco
Tempo gasto na frente da televisão (por dia): 5 horas
Tempo gasto na internet: o suficiente para achar essa foto: